Os tempos mudaram

          

            Os tempos mudaram, as pessoas são as mesmas, mas o pensamento delas é que está diferente. A diferença de 50 anos atrás para cá é que nossos avós pensavam grande, mas com o limite do alcançável, hoje nós pensamos grande, mas com o objetivo de superar os seus limites e conseguir o inalcançável. Ainda não se pode considerar essa mudança como boa ou ruim, por que há aqueles que sabem usar o seu talento para conseguir mais e àqueles que abusam das suas qualidades.

Cada um deve ter uma filosofia para tentar explicar essa mudança de pensamento da sociedade que veio e ainda vem se transformando ao longo dos anos. Deve ser por causa das descobertas da humanidade que facilitaram a vida das pessoas e assim elas começaram arriscar fazer o que antes parecia impossível. Hoje podemos comprar o que quisermos do bom e do melhor por um preço acessível não importa em que lugar do planeta estiver. A comunicação está cada vez mais rápida, a cada ano surgem mais coisas pra tornar nossa vida mais prática.

Esse novo mundo empolgante e aparentemente prático, desperta o desejo das pessoas em querer sempre mais e sempre o melhor. Por um lado isso é bom, adquirir certa ganância, ter o pensamento longe e se centrar num objetivo e alcançá-lo é o maior orgulho de si mesmo. Mas para isso não se tornar um defeito que prejudique a nossa vida, temos que medir nossas escolhas, nossas atitudes para não termos uma conseqüência ruim depois.

Os tempos mudaram e vão continuar mudando, nossa escolha é acompanhar os avanços para não ficar para trás e perder oportunidades por pura teimosia. Isso não quer dizer que todas as mudanças da sociedade são boas, temos que escolher o que é melhor para a nossa vida e adaptar a novidade para se tornar uma vantagem.

Barbie Limonada

Violência X Não Violência

A humanidade, nos últimos anos, está passando por problemas os quais podem ser classificados como culturais adquiridos por influencia da sociedade. Muitos pensam que brigar vale mais a pena que amar ou que a guerra é mais relevante do que a paz. Mas poucos são sábios o bastante para perceberem que uma boa ação leva a outra e a guerra não é a melhor solução para os problemas.

Anualmente há em nosso país a famosa “Campanha do Agasalho” que acumula roupas para serem doadas a milhares de pessoas no inverno. No final do ano que passou, ouvimos muito falar da operação especial realizada nas favelas do complexo do alemão, no Rio de Janeiro, que matou milhares de militares e pessoas. Mesmo as guerras bem intencionadas não seriam bem-vindas à sociedade, mas, pelo visto, é a mais aplaudida do que altos números de famílias que não passam mais frio.

O homem dá a entender que usa inteligência de forma errada para conseguir seus objetivos. Se o que queremos é paz, não é preciso guerrilhar para tê-la. Se o que queremos é amar alguém, não precisamos passar por cima de todos para tê-lo. Há várias maneiras de superar os problemas de uma forma boa, só é necessário pensar antes de agir.

Há uma frase dita por Mahatma Gandhi que descreve muito bem essas realidades: “A força gerada pela não-violência é infinitamente maios do que a força de todas as armas inventadas pela engenhosidade do homem”. A sociedade nos influencia, mas não significa que devemos aceitar e seguir o que nós é proporcionados. 

Crise de Identidade

Nas últimas décadas, o mundo está passando por uma crise de identidade. Existem aqueles que buscam a independência, a felicidade e correm pra todos os lados sem uma direção e acabam se perdendo sem saber mais qual era o objetivo inicial. E há outros que põem uma meta na cabeça, pegam um caminho e vão até o fim. Mas a questão é qual é esse caminho e como é conduzido.

         A sociedade não vê mais o caráter das pessoas, mas o desempenho. A virtude foi trocada pelo charme e o ser pelo ter. Os valores foram invertidos ao mesmo tempo em que desapareceu o conceito sobre vida, moral, respeito e até sobre nós mesmos. Vivemos cheios de dúvidas, tentando entender o que se passa na cabeça das pessoas. As pessoas passaram a ser definidas pelo que fazem e não pelo que são: a identidade foi substituída pela função, ou até mesmo pelas posses.

          Na época em que os pais e avós foram ensinados, era essencial que os homens fossem cavalheiros, as mulheres bem educadas e que o ser humano tivesse como valores a generosidade, o respeito, a personalidade e a cordialidade. No entanto, hoje, qualquer um está sujeito a ser interpretado como antiquado se agir de tal maneira.

         Os sete pecados capitais estão ganhando um espaço cada vez maior nessa sociedade que está voltada para o interesse, pois há uma importância maior no consumo e materialismo do que nos valores humanos, que acabam sendo perdidos no meio da arrogância e ignorância. As belezas da vida e do mundo estão sem a importância merecida, os momentos de felicidade verdadeiros se perderam.

            É muito difícil encontrar pessoas que ainda tem os seus valores nos seus devidos lugares, pessoas que tem sua própria personalidade, sabem o que querem e não passam por cima de ninguém para adquirir o sucesso. Na verdade é contraditório culpar e criticar a sociedade, por que fazemos parte dela querendo ou não. Somos autores da nossa própria história, escrevemos no dia a dia o perfil do mundo. 

Pequenos Gestos

            

            Se formos parar para analisar as atitudes humanas e a forma com que vivemos, chego à conclusão que o verdadeiro ser humano se encontra na alma de uma criança. Não precisamos fazer muito esforço pra fazer uma criança rir. E as crianças nos ensinam o que nunca deveríamos ter esquecido, dar valor às pequenas coisas da vida que podem nos fazer mais feliz do que algo grande. Basta pensarmos quantas vezes ficamos felizes por um sorriso que ganhamos de alguém que amamos, de um conselho que recebemos em uma hora difícil.

            Nem é preciso prestar atenção na nossa vida, mas apenas imaginar o quão verdadeiro é o sorriso de uma criança com câncer que está lutando para viver quando vê alguém feliz ao seu lado, que está ali a apoiando, ou o quanto deve ser o sofrimento de uma mãe que perde o seu filho na gravidez, e toda essa dor pode ser expressa com apenas uma lágrima.  Não percebemos, mas a maioria das nossas verdadeiras alegrias se baseia em pequenos gestos.

Conquistamos e somos conquistados por esses que parecem ser insignificantes em meio a tantas outras grandezas que podemos usar para chamar atenção de quem queremos. E apesar das opiniões contrarias a minha idéia, o simples é sim o mais importante. As lembranças felizes dos momentos mais simples são as mais marcantes e são elas que nos dão esperança de que algum dia tudo aquilo irá voltar e abriremos aquele sorriso verdadeiro novamente.

É incrível como um gesto tão pequeno pode fazer tanta diferença. O mundo nos parece tão grande, como um gesto tão simples como um sorriso ou uma lágrima pode fazer tanta diferença assim? Mas felizmente faz. É só pararmos, abrirmos os olhos não para simplesmente ver a vida, e sim enxergar do que ela é feita. 

Conceito de Amor

Cada um tem criado seu próprio conceito sobre o amor, ou pelo menos uma maneira e uma intensidade particular de demonstrá-lo, não sei se foi sempre assim, mas é o que percebo hoje. Acredito que pela banalização que o amor tem sofrido ao longo os anos, algumas pessoas não acreditam mais na força desse sentimento, já outras acreditam tão intensamente que acabam se iludindo e sofrendo posteriormente uma decepção por menor que seja.

O amor e os relacionamentos na época em que vivemos tem se destacado, para muitos como um absurdo e para outros como uma inovação do século. Os adolescentes do mesmo jeito que constroem um relacionamento com rapidez e a meu ver de olhos fechados, acabam da mesma forma e na maioria das vezes em que isso se repete, são pelos mesmos motivos.  Quem se encontra nesse tipo de situação é por que não tem maturidade para amar como se deve.

Ainda existem pessoas que tenham o mesmo pensamento do que eu chamo de amor, ou simplesmente estar apaixonado pela pessoa certa. Ver a pessoa amada como única e perfeita, ter a certeza de que o amor entre eles será eterno, ver sua companhia sendo essencial e sentir uma proteção mútua. Quando se está apaixonado, e o amor é verdadeiro, os olhos brilham, o mundo e a existência humana fazem mais sentido. O amor além de cegar, enlouquece uma pessoa. E todo mundo um dia vai sentir essa loucura por mais curta que seja e depois vai poder dizer como é estar nas nuvens.

O que se espera é que quem não pense assim, algum dia quando encontrar a pessoa certa tenha essa mesma filosofia e siga por mais que haja dificuldades, que lute até o fim para saciar o sentimento que toma conta do nosso corpo, do coração e da mente.

Memórias de Infância

Existem coisas que nunca mudam que vem de gerações e acabam virando tradições de família, como almoços aos domingos, comemorações de datas em família. Quando somos pequenos isso não tem tanta relevância como tem quando somos mais velhos. Mas o que importa é que isso aconteceu, mais cedo ou mais tarde, aprendemos a dar valor.

                A infância, como melhor fase da vida, quando acaba, deixa saudade, pois é quando tudo é fantasia, na nos preocupávamos com nada e éramos realmente felizes. E junto com a saudade vêm as lembranças.    

                Uma das melhores lembranças que normalmente marcam é a comida. Os lanchinhos que nossas mães preparavam para levar à escola, as guloseimas, as lancheiras coloridas de personagens com a garrafinha combinando.

                Há comida melhor do que a da nossa avó? É difícil negar que isso não nos lembre a infância, um fato que para muitos ainda se repete com freqüência.

                As tatuagens de chicle, os lanches e qualquer outra coisa que nos faça lembrar essa fase da vida é muito saudável. Parece que por alguns minutos voltamos a sentir os aromas, os gestos e lembrar o que pensávamos e falávamos.

                Momentos de nostalgia nos fazem parar e voltar ao passado, sentir saudades do que passamos e resultam bons motivos para rir até chorar. Precisamos desses momentos para nunca esquecermos que já fomos crianças e não endurecemos demais depois de crescer.